Muito da sabedoria popular que diz respeito a coisas da natureza pode ser associado a questões subjetivas da nossa vida, é assim que surgem ditados como “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura” e tantos outros.
Não tem ditado pra isso, mas é de conhecimento dos bons e boas donos e donas de casa, e também de pessoas formadas em química, que é possível acelerar o processo de amadurecimento de uma fruta verde. Deixar uma palma de bananas verdes embrulhada numa sacola ou em jornal, por exemplo, faz com que ela fique madura mais rápido. Assim como colocar frutas maduras perto das verdes também acelera o amadurecimento das verdinhas.
Tudo isso tem explicação científica, que eu jamais arriscaria trazer pra cá, mas que tá descrita nesse link da página Escola Kids da Uol e se eu entendi, vocês também vão. E também já deve ter dado pra fazer a associação não-literal dessa sabedoria culinária com a nossa vida. Nós, adultas impostoras.
No segundo episódio de Alma de Cozinheira, programa novo do GNT apresentado por Paola Carosella, ela conversa com Isabel Teixeira e Teresa Cristina. Se dirigindo à atriz, Paola recorda de uma fala de Isabel em que ela afirmava não gostar da palavra “maturidade”. Isabel responde: “Não sou uma mulher madura, sou uma mulher encaixada no meu tempo”.
Ela reflete sobre como a gente acaba sendo ensinado a olhar com decepção ou arrependimento pras escolhas do passado, pra pessoa que um dia fomos, ainda mais se ela for muito diferente de quem somos hoje. A atriz conta que precisou aprender a celebrar quem ela foi, olhar para a Isabel adolescente e gostar. “Parece que eu dei uma encaixada na minha existência. Como se a maturidade fosse um click. Encaixei. Então tá mais gostoso agora. Isso, pra mim, é festivo”.
Gostar da lembrança de quem se foi sem criar uma cobrança injusta por, naquela época, não saber o que se sabe hoje. Gostei disso, achei que é o tipo de pensamento que, se a gente consegue acreditar, alivia a pressão que colocamos em nós mesmos para amadurecer. Às vezes as circunstâncias não permitem ainda certos entendimentos. Nós, adultos verdinhos demais. Mas tudo bem, porque não tinha como saber, é o que diz Isabel. Achei simples, coerente. Genuinamente, é no que quero acreditar.
pasta de “salvos”
um vídeo pra quem gosta de literatura:
um texto pra pensar sobre o amor:
um perfil de desenhos pra quem está meio triste ou só gosta de bichinhos. mas principalmente pra quem pertence aos dois grupos:
Acabou mais cedo? Sim. Tipo capítulo de novela encurtado em dia de jogo. Por coincidência, hoje é quarta, mas nem sei se tá rolando Brasileirão, eu só não queria deixar de mandar texto esse mês.
Apesar de não ter autoestima pra divulgar ativamente essa newsletter nas minhas redes sociais, eu fico bem felizinha quando alguém novo se inscreve. Tem o link na bio, mas eu nunca fui capaz de escrever numa legenda ou falar num story “o link tá na bio!”. Então se você chegou aqui, foi porque clicou lá de curioso, ou recebeu o link de alguém ou é uma das 15 pessoas que, mais de um ano atrás, receberam de mim o link pelo whatsapp pedindo por favor pra me avisar se eu tava passando vergonha na internet quando inventei essa presepada. A dúvida persiste, mas tá tudo sendo devidamente tratado na terapia. E esse parágrafo era pra ser só uma linha indicando o botão abaixo pra, se não for muito incômodo, você que ainda não assina, se inscrever na minha newsletter. Obrigada.
Que grata surpresa de sexta-feira te encontrar! To adorando suas news!
Eu amei tanto 🤍