Passei a semana pensando que não teria assuntos para essa segunda newsletter, apesar de ter uma coluna no trello cheia deles. A dúvida era se eu teria saco pra colocar tudo no papel, eu acho. Aí lembrei que um dos objetivos disso aqui é justamente exercitar a escrita com regularidade, então vamos lá.
Eu não poderia fingir costume e deixar de agradecer as mensagens e respostas dos amigos e amigas sobre o primeiro texto. Cursino, inclusive, me enviou uma resposta maior que a própria newsletter. Obrigada mesmo. <3
Ainda sobre isso, cada vez mais, percebo que sou uma pessoa facilmente encorajável. Talvez seja a dose de otimismo que a vida adulta ainda não me tirou, aquele que é meio cego, mais esperançoso que racional, típico de pessoas pouco vividas (eu realmente vou continuar batendo nessa tecla, é o mote da newsletter). O fato é que as respostas muito generosas de vocês estão me fazendo terminar esse segundo texto, que é só o segundo e eu já tô atrasada na entrega que eu mesma estabeleci.
Agora, uma amostra de algumas mensagens que recebi, sem identificar os leitores porque não pedi permissão a nenhum:
Como deu pra ver, outra coisa comum nas respostas foi a negação ou questionamento da realidade que eu impus no título e na narrativa. Obviamente “adulta impostora” é um exagero intencional de um traço meu, assim como o papo de “pessoa não vivida”.
Eu poderia dizer que vou tentar não diminuir minhas vivências, mas eu meio que vou sim kkk esse foi o ponto que escolhi pra me guiar e tá tudo bem. Em meio a mensagens de “AMIGA VC É VIVIDA SIM!!!” e até alguns argumentos, eu vi que é isso é um conceito bem individual mesmo, e estou animada pra continuar dividindo o meu com vocês, recebendo as respostas de identificação e discordância. #democracia
Nas fotos acima, pessoas com a mesma idade que eu, 24. Kylie Jenner: milionária (de berço), empresária, grávida do segundo filho, fez excelentes cirurgias plásticas. Jojo Todynho: milionária (ganhou A Fazenda), artista, terapia em dia, sabe colocar os homem no lugar, também fez uma ótima cirurgia plástica. Malala: fucking ativista, fucking Nobel da Paz, poderia estar vivendo de palestra, mas continua estudando, tem a meta de ler 84 livros esse ano e ninguém é doido de duvidar que ela vai conseguir. E eu não sou doida de usar qualquer uma dessas mulheres como régua pro lugar onde estou agora só porque temos a mesma idade (mas às vezes eu uso).
Noooossa, grande coisa
Calcinha Larga é o meu podcast favorito porque eu não me identifico com nenhuma história que elas contam, pra mim é tudo uma grande novidade.
As apresentadoras são Camila Fremder, Helen Ramos e Tati Bernardi, todas mães e com outras várias ocupações. Elas estão na quinta temporada e cada uma tem um tema (que não necessariamente é seguido com rigidez, já que sempre tem uma convidada e a conversa segue outros rumos).
O tema da temporada atual é viagem, as anteriores foram sobre maternidade, sexo, amizade e família. Sigo renovando minha carteirinha de não vivida, porque eu só teria umas três histórias legais pra contar, juntando todos esses temas, diferente de Tati Bernardi. Em todo episódio, Tati tem uma história nova pra contar e sempre é boa, daquelas que parece que ela inventou na hora só pra ser engraçada, mas eu aposto que são reais mesmo. Porque ela é extremamente vivida. Em resumo, esse é um podcast de adultas não impostoras. Recomendo que você ouça quando terminar de ler aqui, pra dar uma equilibrada.
3 episódios recentes que eu gostei muito:
E pronto. Nem acredito que consegui fazer um segundo texto, acredito menos ainda que consegui enviar na data prometida. Obrigada se você leu até aqui.
Emolia
Ain indicações pftas :'(
Pega as três histórias legais e conta aqui.
Ass: curiosa e fã. 😌